brincar às revoluções
Isto só lá vai a tiro!
Esta é uma das expressões mais usadas pelos facebooks da desvairada modernidade que nos angustia os dias e depaupera a carteira. E quem o diz, que isto só lá vai com dois ou três balázios nos cornos de algum filho desta e daquela, também afirma que não alinha em manifestações ou greves, mero folclore da esquerda bem comportada, também estes filhos do sistema.
Se for para a pancadaria, se for para pôr isto direito de uma vez por todas, aí sim, contem comigo, publicitam eles com a bravura dos grandes heróis. Assim a modos como aqueles galifões que, em pleno arraial de porrada, prendem as mãos às saias da mulher e berram, sem sair do sítio, agarrem-me que eu vou-me a ele!
Por isso, salvo raras e honradíssimas excepções, ficam em casa durante as manifestações, de cu no sofá, bejeca nas mãos e olhos postos na carinha laroca da cantora pimba, no corpaço da vedeta fabricada por um qualquer big brother, nos golos dos génios da bola.
Revolucionários de feira: vai um tirinho? Ou estão a falar a sério? É que, se estão a falar a sério, já cá não está quem falou.
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