o meu dicionário vai pró lixo

Tal como Portas há uns dias atrás, também Albuquerque encheu hoje a boca com palavrotas boas de dizer, como equidade e justiça social. Chegou ao ponto de afirmar que não reduz os salários dos funcionários públicos, os que ganham menos de 600 euros, por uma questão de justiça social. Pressupõe-se portanto que é de total justiça cortar o salário de quem ganhe 600, 700 ou mesmo 1.000 euros. Fortunas de nababos já se vê, uma pessoa nem sabe o que há-de fazer com tanto milharame.

Começa agora a comunicação social a divulgar a proposta de orçamento e já se está a ver em que consiste tamanha, tão bem intencionada, tão humanista preocupação.

Num ano, 30.000 pessoas perderam o direito ao RSI; 1.500 crianças e jovens perderam o direito ao abono de família só entre Julho e Agosto deste ano; mais de 6.000 idosos perderam o direito ao complemento solidário em relação ao mesmo período do ano passado.

Anuncia-se agora no orçamento que todas estas prestações sociais serão ainda mais reduzidas em 2014: 10 milhões de euros no RSI, 8,2 milhões de euros no abono de família, 6,7 milhões de euros no complemento solidário de idosos.

Sendo Albuquerque e Portas tão doutos que chegaram a ministros e tudo, enquanto eu cheguei à secundária a custo, de certezinha absoluta que sabem o que dizem. Tenho que comprar o dicionário que eles usam. O meu não presta. É mau, é enganoso e explica-me vocábulos sob um ponto de vista puramente marxista. Um lixo. Se me estiverem a ler, Albuquerque, Portas, escrevam-me a dizer qual o calhamaço que usam.

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