passos coelho a julgamento

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Estou totalmente de acordo com o que Helena Roseta diz no vídeo. É tempo dos partidos mais à esquerda, dos movimentos cívicos, das associações sindicais, entre muitas outras organizações, passarem das palavras aos actos. Actos que se vejam e que dêem esperança aos portugueses. As ameaças do governo, as pressões dos partidos políticos da direita e dos agentes económicos mais trauliteiros ao Tribunal Constitucional, a ingerência por parte de organismos internacionais, já foram longe demais, ultrapassaram há muito todos os limites da decência e do respeito pelas nossa soberania, pelas instituições nacionais e pelo povo português. Estamos perante vários escândalos e este é só um deles, mas será o principal porque é ele a origem de tudo o resto: orçamentos aviltantes, desprezo pelos cidadãos, roubos feitos por tresloucados sem rei nem roque, sem lei nem grei. Portugal, e a Europa, estão cada vez mais perto de viver a mais cruel das ditaduras e, se nada se fizer, a mais mortífera das guerras, porque nem as populações nem algumas entidades irão ficar quietas e caladas, à espera de serem despachadas para um qualquer gueto ou campo da morte. É preciso exterminar a besta fascista. Fascista, não tem outro nome. Estamos perante um golpe de natureza fascistóide que está a vitimar os povos de vários países, o seu património, a sua herança histórica. Sob as ordens de Merkel, dos mercados todo-poderosos que conspiram na sombra, da Comunidade Europeia que está a rasteirar todos os ideais para que foi criada. Com o viscoso servilismo, o desprezível calculismo do mordomo dos Açores, José Manuel Durão Barroso de seu nome. Português, traidor, 57 anos de idade. Idade para ter juízo. Ser homem. Ser patriota. Ou, se não é capaz de ser nem uma coisa nem outra, pedir perdão aos portugueses, demitir-se e ir à sua carreirinha de amanuense que foi para isso, e só para isso, que nasceu.

Helena Roseta vai ser enxovalhada pelo que disse, tal como Mário Soares o tem sido nos últimos dias. Mas é de gente como esta que se faz um país. Não das abencerragens que cegamente, torpemente, pateticamente, cobardemente, alegremente, vão dizendo que sim ao chefe e à troika, levando este país à ruína total e o povo à miséria mais abjecta. Este país não é dos cobardes que se calam, dos que dizem que a sua política é o trabalho porque são incapazes de dizer coisa com coisa, dos que odeiam os políticos mas nada fazem para os depor, dos que não votam porque o voto não vale nada, dos que não se manifestam porque as manifestações são inúteis, dos que, sendo de esquerda, pensam mais nas suas capelinhas e ganhos partidários do que no bem de todos, dos que vociferam contra Passos mas vão a correr dar-lhe o voto "porque não há alternativa", dos agitadores de sofá, dos revolucionários de uísque na mão, dos oportunistas, dos videirinhos, dos lambe-botas, dos defensores da austeridade que peroram pelos jornais e televisões de barriga cheia e recheio guloso na conta bancária, dos que lucram com a crise, dos que vivem da crise, dos que gostam da crise porque a crise, tal como o trabalho, liberta. A crise é redentora. A crise é purificadora. A crise abre novas janelas de oportunidade. A crise não é para os piegas, mas para quem agarra a vida pelos cornos, é a lei do mais forte, a selecção natural, a solução final. A crise é a coqueluche dos filhos da puta, dos poltrões, dos ladrões e dos corruptos, dos sacanas e dos animais que, por azar, nasceram humanos. Mas que, de humanos, têm corpo mas não a alma. Muito menos consciência.

Chega. É demais. E o que é demais é moléstia. É peste. É praga. É a morte, mesmo que em vida. É a tristeza, a descrença, o desespero, a indignação, a desesperança e, também, felizmente, a raiva, o ódio, o espírito de vingança que começa a tomar conta de alguns de nós. Não os condeno.

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