o pungente drama dos noivos encornados


Que dizer destes dois amancebados que tanto nos têm fadado? Criaram uma famiglia a que dão o nome de governo. Um preside, o outro faz que manda. Ou será que um manda e o outro finge que preside? Quem será o cabeça-de-casal afinal? A fada do lar? A fada má e a fada boa? 

Dão-se facadas pelas costas, encornam-se, mas tudo não passa de arrufos de enamorados. Têm o sangue na guelra, é isso, fervem em pouca água, as veias latejam-lhes com facilidade, a mostarda sobe-lhes ágil ao nariz, mas depressa fazem as pazes e se juram fidelidade eterna. Da irrevogável. Da boa. Da piegas. 

É um casa/descasa que só visto, à altura das grandes estrelas de Hollywood. Assim uma espécie de Taylor e Burton afadistados. Cada vez mais parecidos, quer-me cá parecer, com outro casal, Bonnie e Clyde. 

Estes, coitados, morreram novos.

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